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O setor dos equipamentos de proteção individual está a evoluir e a tornar-se coneCtado. Quais são os princípios e as vantagens dos EPI ligados, mas também os desafios que colocam? Fazemos o ponto da situação neste artigo aprofundado.
O setor dos equipamentos de proteção individual está a evoluir e a tornar-se coneCtado. Quais são os princípios e as vantagens dos EPI ligados, mas também os desafios que colocam? Fazemos o ponto da situação neste artigo aprofundado.
Especialização
Update 14.05.25
Um equipamento de proteção individual conectado é um dispositivo que integra sensores inteligentes e sistemas de comunicação.
O seu objetivo? Melhorar a saúde e a segurança dos trabalhadores, recolhendo e transmitindo dados em tempo real, seja sobre o seu ambiente, a sua postura ou o seu estado de saúde.
Esta nova geração de EPI incorpora tecnologias avançadas, tais como:
- a internet das coisas,
- recolha de dados,
- inteligência artificial (IA),
- realidade aumentada,
- e geolocalização.
Enquanto o objetivo do EPI é proteger o operador em caso de incidente (queda, impacto, etc.), o EPI conectado visa alertar em caso de perigo iminente. Assim,os EPI ligados têm como objetivo monitorizar o estado do trabalhador e do seu ambiente em tempo real e, em seguida, alertar o supervisor ou os serviços de emergência em caso de incidente.
Várias categorias de equipamentos de proteção individual ou de sistemas de proteção podem ser abrangidas por uma solução conectada.
Podem ser mencionadas as seguintes categorias de EPI ligados:
- capacetes inteligentes que emitem alertas em caso de impacto, detectam a exposição a substâncias nocivas (gás, amianto, etc.) ou incorporam visores de realidade aumentada nas suas viseiras para ajudar os trabalhadores nos estaleiros de construção,
- luvas conectadas que podem iluminar-se quando detectam que o ambiente é demasiado escuro, fazer um scan e identificar os produtos com os quais entram em contacto e avisar quando estão gastas e perto de se rasgarem (ligação para o artigo da Inspeção dos EPI),
- sapatos de segurança inteligentes capazes de analisar o desgaste da sola e a postura do utilizador e de evitar a perda de equilíbrio graças a sensores que registam a pressão do arco do pé no chão,
- ou ainda vestuário inteligente, nomeadamente coletes, que podem monitorizar o ritmo cardíaco e a temperatura corporal e emitir um alerta em caso de queda, colisão, microssono, imobilidade anormal, desconforto térmico ou esgotamento físico do trabalhador.
Este “EPI do futuro” é um equipamento de proteção que permitirá responder aos constrangimentos específicos de certos sectores profissionais, nomeadamente o mundo da indústria, da logística, da construção e das obras públicas.
Os EPI ligados seriam assim particularmente úteis para apoiar
- os trabalhadores solitários (silvicultores, técnicos de manutenção, operadores que trabalham em altura ou em espaços confinados, como a manutenção de turbinas eólicas), que beneficiariam de um sistema de alerta em tempo real em caso de incidente ou queda,
- operadores em ambientes perigosos que poderiam ser alertados em caso de exposição prolongada a substâncias nocivas, por exemplo, em zonas radioactivas, zonas ATEX ou sectores químicos,
- ou trabalhadores da construção e da indústria que poderiam beneficiar de um sistema para prevenir riscos relacionados com quedas, posturas ou fadiga.
Para além do reforço da segurança proporcionado pela deteção de incidentes em tempo real e pelos alertas imediatos, estes EPI oferecem outras vantagens para os operadores e empregadores.
Podem assim contribuir para as políticas de prevenção: ao recolherem dados durante um longo período de tempo, oferecem uma análise aprofundada das condições de trabalho e alavancas de ação para antecipar os riscos.
A monitorização precisa e regular dos postos de trabalho e do estado de saúde dos trabalhadores pode também ajudar a prevenir a fadiga e o aparecimento de perturbações músculo-esqueléticas, ou a reduzir o stress associado a certas operações: desta forma, os EPI ligados contribuiriam para reduzir os incidentes e o absentismo.
Assim que se fala de recolha de dados, coloca-se a questão da proteção dos dados pessoais e da conformidade com o RGPD (Europa). A tomada em consideração do risco cibernético é outra questão quando se recolhem dados e os processam através de aplicações.
Em termos de RH, a utilização de EPIs inteligentes deve poder dar origem a consultas com os trabalhadores para apoiar a mudança e resolver qualquer relutância relacionada com a monitorização do desempenho.
Outro desafio é a manutenção dos EPI ligados. A manutenção e a assistência técnica destes equipamentosde proteção que incorporam tecnologia podem exigir novas competências dentro das empresas ou dos serviços pós-venda dos fornecedores e fabricantes. A sua utilização em locais remotos ou confinados dependerá também da disponibilidade da rede e da duração da bateria.
Finalmente, o custo do investimento é também um fator a considerar: embora os benefícios possam ser significativos, a integração destas soluções requer recursos financeiros significativos para as empresas. Por conseguinte, os EPIs conectados parecem, numa primeira fase, reservados aos ambientes de trabalho complexos e de alto risco, onde representam um verdadeiro valor acrescentado.
Os departamentos de I&D da Delta Plus estão a trabalhar na conceção de EPI ligados para responder às necessidades em evolução das empresas em sectores de alto risco: siga a nossa secção Notícias e Eventos para ser informado da sua próxima apresentação.
A Delta Plus também procura a inovação e o desempenho, investindo em materiais inovadores, como o grafeno no vestuário de trabalho, e trabalhando com profissionais de saúde, como na conceção de calçado para prevenir as lesões musculares.
